Blog sobre coisas que me vão ocorrendo, quer seja música, fotografia, ciência, viagens ou simplesmente coisas da vida
Com dois dias de trabalho passados e com 10km pedalados já há 4 dias, devo dizer que é fantástico ir de bicicleta para todo o lado. É rápido, sinto que posso comer imensas porcarias a seguir porque já fiz a dose de exercício para me sentir bem por isso e as bicicletas aqui têm sempre prioridade, mesmo em sinais vermelhos e contra carros, motas e peões.
A única parte negativa é ter começado a chover quando comecei a trabalhar e devo dizer que o vento arranja sempre maneira de estar contra mim. De manhã, quando não consigo ver bem a estrada por causa das gotas de chuva nos meus olhos e o vento na minha cara, penso sempre, isto à tarde vai estar no mesmo sentido e vai-me ajudar a chegar a casa mais rápido. Mas não, nunca acontece, sempre contra mim o raio do vento! Mas nem é tão mau quanto parece, até é agradável pedalar à chuva e com vento, que eu fico cheia de calor rapidamente e pelo menos a chuva ajuda a arrefecer.
Quem me vier visitar já sabe que vai ter que alugar uma bicicleta para me acompanhar. E até já estou melhor na subida e descida da bicicleta, mas ainda não cheguei ao nível das holandesas nesse aspecto.
Ah, e querem saber o truque para aguentar subir uma pequena colina com uma bicicleta pesada como sei lá o quê e do século passado? Não sei porquê, mas desde a primeira vez que subi aquilo que me vem à cabela o I will survive misturado com a Survivor e por alguma razão ajuda! Se servir para outras actividades, força nisso gente!
Hoje em dia já ninguém é muito religioso e quase ninguém que eu conheço vai à missa ou à catequese sequer. Mas para as pessoas que andam desesperadas à procura do amor, talvez valha a pena uma visita à igreja, nunca se sabe se lhes acontece o mesmo que me aconteceu a mim.
Ora estava eu a meio do meu trabalho como guia turística freelance na igreja dourada de Lisboa quando um homem que por lá trabalha (e com um mínimo de 10 anos a mais que eu) começa a meter conversa comigo, sobre o grupo de turistas que estavam comigo, o que gostavam mais de ver na igreja etc etc. No meio da conversa lá dispara a pergunta "tens facebook" que me deixa uns bons 60 segundos a pensar se ouvi bem ao que ele me diz que não tem mal nenhum adicioná-lo no facebook, já que sou uma pessoa simpática e ele também. Lá lhe disse que sim que tinha, mas que não aparecia na pesquisa porque muitas pessoas esquisitas me adicionavam do nada e lá o mandei para o site da agência para me encontrar por lá (claro que não vai encontrar, mas pelo menos sempre ficou contente com a resposta).
Voltei para casa desejosa de contar a aventura à minha irmã quando ela me diz no final do relato que lhe aconteceu exactamente a mesma coisa, com o mesmo homem. Lá se foi o meu sentimento de ser especial e ser a única a ser engatada na igreja. Ou então a especialidade fica mesmo em família e não acontece a mais ninguém. De qualquer maneira, para tirar a prova, só mesmo se mais alguém tiver a mesma história para contar, por isso que venham elas!
Pois é, depois de inúmeros meses de pausa aqui no blog, o bichinho voltou à vida e cá estou eu outra vez. Até teve direito a mudança de nome porque senti uma inspiração divina em forma de Mr. Burns.
Talvez por ter visto as 4 temporadas inteiras do Awkward nestes últimos dias e sentir falta de falar com o computador como acontece na série, ou simplesmente por ir outra vez para fora por uns tempos e achar que já tenho coisas interessantes para dizer outra vez, cá está a parvoíce da Patrícia, pronta para ser escrita e lida.