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Ahoy, daqui é a Patrícia

Blog sobre coisas que me vão ocorrendo, quer seja música, fotografia, ciência, viagens ou simplesmente coisas da vida

Ahoy, daqui é a Patrícia

Blog sobre coisas que me vão ocorrendo, quer seja música, fotografia, ciência, viagens ou simplesmente coisas da vida

Suponho que os momentos de mães a batalhar com as novas tecnologias não aconteçam só em minha casa, pelo menos espero não estar sozinha nesta luta. Mas realmente é um mistério, vejo o meu pai adaptar-se tão bem às redes sociais e às novas tecnologias (tem facebook, tem twitter, conhece o instagram e tudo o que é telemóvel novo), mas a adaptação da minha mãe não se dá tão bem.

Temos o episódio frequente de escrever sms enquanto se segura o telemóvel a dois metros de distânica porque "assim vejo melhor, filha" apesar de a maioria das mensagens que recebo seja "ok, bjs" e de mesmo assim demorarem 1 minuto por caracter a escrever (pensam que estou a exagerar mas não deve estar longe disto). Percebo que à medida que se vai envelhecendo a visão ao perto vai ficando pior e seja necessário afastar os objectos para ler melhor, mas parece-me tão mais fácil arranjar óculos novos do que estar numa divisão diferente do telemóvel e mesmo assim não conseguir ler o que está no ecrã. Claro que para mensagens maiores é pedida ajuda às "filhas queridas" que parece que existem sempre nestas alturas (os pais também são espertos com os elogios quando querem, não são só os filhos)

Com a chegada do Facebook, chegou o medo de haver pessoas estranhas a coscuvilharem a nossa vida, a seguirem-nos pelas ruas e a lerem tudo o que escrevemos para um dia nos poderem raptar. Mas essa ideia saiu porta fora quando o meu pai começou a publicar constantemente o paradeiro dele e das filhas (a memória é outra coisa que é afectada pela idade). O problema do meu pai reside nesta partilha excessiva e na falta de corrector ortográfico para o "à vs há" e para pôr sinais de pontuação (mas aí reparo que não é só ele que escreve perguntas sem o "?", os amigos dele também o fazem).

O Facebook para a minha mãe é toda uma dificuldade diferente. No outro dia iniciei sessão na minha conta enquanto estava no computador dela e quando ela voltou à página dela (após eu ter saído da minha conta), queixou-se que lhe estraguei o Facebook porque o aspecto estava diferente e ela não conseguia escrever nada nem pesquisar nada como costume. Chegámos depois à conclusão que o problema era ela não ter iniciado sessão e não eu a estragar o Facebook. Outra das coisas que me fascina sobre os pais no Facebook é eles chegarem a casa a dizerem que partilhei uma coisa engraçadíssima com eles, eu explicar que não foi com eles, simplesmente lhes apareceu no feed porque partilhei com toda a gente mas essa ideia parece-lhes um pouco estranha. Mas usam isso como desculpa para saberem tudo o que eu faço, até mesmo fotos que não partilho eles conhecem e questionam.

Com as pesquisas na internet e com o email é outra questão. Parece que não basta dizer mil vezes que se pode simplesmente pesquisar um site na barra do google Chrome para ir lá parar, temos que pesquisar "google", carregar nesse link, pesquisar no google, carregar no link do site e demorar um tempo considerável neste processo. Estas são aquelas pequenas coisas que sei que não me acontecem só a mim porque vejo muita comunidade internauta a queixar-se destes problemas.

Já cheguei a pensar que eles e aproveitam destes pensamentos da malta mais jovem para parecer que não sabem e escaparem-se com as cosquices e com a preguiça de fazerem eles próprios as coisas, mas por outro lado, há coisas que ninguém consegue fingir assim tão bem. Alguém quer partilhar alguma coisa caricata sobre este assunto?

 

 (sei que a imagem é de uma avô ao computador, mas a ideia está adequada ao post e não me atrevo a tirar uma foto à minha mãe a escrever sms)

 

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